sábado, 27 de novembro de 2010

Novo blog!


 Eu tinha feito o (Pseudo) Viúva Negra inicialmente pra escrever um conto. Mas depois decidi colocar lá todos os meus textos ficcionais. Então, quem quiser dar uma olhada (e seguir :P) eu agradeço muito!!! E o texto mais recente que tá lá é esse aqui: Mundinho Colorido.

terça-feira, 23 de novembro de 2010




Às vezes eu acho que o amor é como um unicórnio: é muito bonito, mas não existe. E, se algum dia você achar que encontrou um unicórnio, vai descobrir que era um cavalo com uma casquinha de sorvete grudada na testa.

Clarice é superestimada...

"Então, nascida do ventre, de novo subiu, implorante, em onda vagarosa a vontade de matar."

"A fêmea rejeitada espiritualizara-se na grande esperança."

"Onde aprender a odiar para não morrer de amor?"

"Recomeçou então a andar, agora apequenada, dura, os punhos de novo fortificados nos bolsos, a assassina incógnita, e tudo estava preso no seu peito. No peito que só sabia resignar-se, que só sabia suportar, só sabia pedir perdão, só sabia perdoar, que só aprendera a ter a doçura da infelicidade, e só aprendera a amar, a amar, a amar."

Clarice Lispector em "O búfalo" (conto de "Laços de Família").


Às vezes eu acho que Clarice Lispector é meio superestimada.

(Pausa para ouvir reclamações dos leitores furiosos, que acham que ela é genial e nem um pouco superestimada.)

Eu não acho que ela seja superestimada por mim. Clarice me entende perfeitamente, ela traduz o que eu não sei pôr em palavras. Clarice é a essência do meu "dark side". A minha crítica é que TODO MUNDO ama Clarice. Pessoas de Letras e de outras áreas. Amantes da leitura e pessoas que nunca pegaram num livro "tomam sua dose diária de Clarice Lispector" no Facebook. Todo mundo tem frases de Clarice no perfil do Orkut e no nick do MSN. Nunca leram nenhum livro porém. Não sabem o que é "A hora da estrela" ou "A paixão segundo GH". Na verdade, acho que a maioria das pessoas não teria identificação suficiente com Clarice para CONSEGUIR ler seus livros.

Mas e se as pessoas lêem e gostam de Clarice por causa de uma identificação?

Então, essas pessoas não podem me chamar de louca, psicopata, paranóica e outros adjetivos que questionam minha sanidade mental. Então, todo mundo tem um "dark side". Então, isso só prova que eu sou humana.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Expecto Patronum!!!

Na 6a feira, fiz algo que há muito não fazia: chorei. O motivo que desencadeu meu pranto foi banal, estúpido mesmo, mas acabei pensando: bem, já que estou chorando, é melhor aproveitar e chorar por tudo logo de uma vez. Chorei pelo meu primo; pela minha pseudo-depressão; pelos meus estudos; por problemas que não me sinto à vontade em expor aqui. Chorei com todo o coração e com toda a alma. Fiquei sem ar e comecei a hiperventilar (sensação familiar, que deixa o desespero menos desesperador). Me senti aliviada, como se meu interior estivesse sendo lavado. Por incrível que pareça, me senti genuinamente bem.

Não sei se gostar de chorar é uma atitude depressiva - creio que não. Mas, já que estamos falando disso, não posso deixar de escrever sobre a depressão. E sobre dementadores.

Se por acaso você não viu ou não lembra da saga Harry Potter a partir de "O prisioneiro de Azkaban", terceiro volume da série, dementadores são os guardas da prisão de Azkaban, que sugam toda a felicidade das pessoas, deixando o cilma frio e escuro. Ao ficar perto de um dementador, você tem a sensação de que nunca mais será feliz de novo. Como se livrar de um dementador? Com o feitiço do Patrono (no qual você grita, apontando a varinha para o dementador: "EXPECTO PATRONUM"!!). Para conjurar um patrono, você tem que se concentrar numa lembrança muito feliz. Se você só quer se recuperar do efeito que os dementadores tiveram em você, comer chocolate ajuda.

Como vocês puderam perceber, os dementadores são uma metáfora para a depressão - e a própria J.K. Rowling já admitiu isso. Quando eu estava chorando copiosamente na 6a, tentei lembrar de momentos felizes. Primeiro, vieram os piores momentos da minha vida. Mas, depois, vieram as alegrias. Jogar Guitar Hero com o meu grupinho do colégio (saudades, Pentagrama!), todas as cartinhas que a minha irmã já me mandou, o pessoal aparecendo no hospital quando eu fiquei internada, eu vendo uma mensagem, às 03 da manhã, da Tüppÿ, toda preocupada querendo saber se eu estava bem, porque ela não tinha me visto na faculdade naquele dia, todas as viagens de ônibus com a Bella, imagens de filmes, aulas legais, passeios pelas ruas de Casimiro de Abreu com a Aline... Aí pude conjurar meu "Patrono" e, com um sorriso no rosto, parei de chorar.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Bregaaaa

Estava eu folheando a revista da Avon Moda & Casa dessa campanha quando, de repente, minha mente se vê num momento “grito de ‘Psicose’”. Sabem o que eu vi, caros leitores? Primeiro transcreverei o texto que acompanha o produto: “É moda: Transparência nos calçados! Fique ligada: as transparências prometem sair do ambiente da praia e ir para as ruas”. Sim, leitores. Era um tamanco de acrílico.

Para mim, esse tipo de sapato, assim como as clogs, nunca deveriam voltar à moda. Depois desse verão, que promete ser o verão mais brega de todos os tempos, não me assustarei se a pochete voltar à moda. Misturar laranja e verde limão está na moda (nada contra as bandas coloridas quanto às suas músicas, só quanto a algumas combinações estilísticas), estampas florais estão na moda, calça cenoura está na moda, colete jeans está na moda, jeans com jeans (AI MEU DEUS!!!!) está na moda, clogs estão na moda e tamanco de acrílico está na moda.

Sinceramente, hoje em dia a moda é tão democrática que eu imagino que, num futuro próximo, tudo vai estar na moda. Você pode usar xadrez, bolinhas, listras, renda, lycra, helanca, qualquer comprimento que você quiser, lacinhos, babados, estampa de animal, roupas sem estampa, qualquer cor... Creio que estamos caminhando rumo à liberdade total em termos fashions.
Mesmo assim... tamanco de acrílico?

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Pequenos prazeres

Ao contário do que talvez possa parecer, esse texto não é propaganda do McDonalds.

Ontem eu estava na banca de jornal aqui da PUC esperando a minha aluna de monitoria (acho que não comentei com vocês, mas estou dando aula de monitoria de Português Padrão), quando, de repente, eu vi o álbum de figurinhas do "Toy Story 3". Eu vi esse filme há umas duas semanas e me apaixonei COMPLETAMENTE, principalmente pelo alienzinho falando "Rómeu, oh Rómeu" no final - mas isso vocês já puderam perceber, já que eu coloquei isso aqui no blog, ao lado dos textos. Enfim. Fiquei pensando: compro ou não compro? "Você não acha que está meio velha pra álbuns de figurinhas não?", sussurou o Grilo Falante na minha cabeça. "Meu pai comprou o álbum de figurinhas da copa nesse ano, assim como 3/4 da minha faculdade", rebateu a Ferds. Comentei com a Bella sobre o álbum e ela ficou super animada, dizendo que, se eu comprasse, ela compraria também e a gente trocaria figurinhas.

Acabei pensando nisso antes de dormir ontem. Álbuns de figurinhas não têm aparente finalidade, mas são um dos maiores pequenos prazeres que eu conheço (que nem plástico bolha). É indescritível o prazer da expectativa que você tem ao comprar um pacote de figurinhas, onde você não sabe o que vai vir; é muito divertido tirar a figurinha daquele papelzinho e colar no álbum; trocar com os amigos então, nem se fala. Por isso, acabei decidindo comprar o álbum do "Toy Story 3". E o divertido é que eu tenho o álbum do 1o "Toy Story", lançado no final de 1995. E detalhe: eu aprendi a contar por causa desse álbum (tá, e do álbum do "101 dálmatas" também...). Aos 4 anos, já sabia contar até 398...

Viva os pequenos prazeres (seu metrossexual de plástico)!!!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

In memorian


Talvez eu estivesse melhor se você ainda estivesse por aqui. Sinto terrivelmente a sua falta, e queria que você soubesse disso, onde quer que você esteja, se é que você está em algum lugar. Pelo que você acreditava, você está simplesmente embaixo da terra, há menos de quinze minutos da minha casa. Mas onde foi parar o verdadeiro você? Acho que ninguém jamais saberá.

Tivemos pouquíssimos encontros, uns três ou quatro creio eu. Mesmo assim, me apaixonei pelo seu jeito extremamente singular - e acho que nunca vou encontrar alguém tão magnífico quanto você foi. Os 10 anos de diferença não importavam pra mim. Quando você se foi, eu tinha quase 15 anos. Você não faz ideia do quão traumatizante foi pra mim. Num momento eu estava planejando minha festa, me certificando que teria frango pra você, que era vegetariano, comer no meu churrasco; duas horas depois, minha mãe me disse o que tinha acontecido com você. Meus olhos se encheram de lágrimas instantaneamente. Alguma coisa se alterou profundamente no meu interior naquele momento. 3 meses depois, eu me descobri diabética. "O seu tipo de diabetes é gerado por uma predisposição genética aliada a algum trauma". Te perder sem nunca te ter tido foi um enorme trauma pra mim. E eu nunca vou te esquecer - como poderia, aplicando insulina 4x por dia?

Você faria aniversário nessa sexta feira, 27 ou 28 anos, não tenho certeza. Pode parecer ingênuo, infantil e platônico acreditar que eu teria alguma chance com você se ainda estivesse vivo, mas eu acredito nisso. Não consigo nem acreditar que você não está mais vivo. Parece que é questão de tempo até eu te ver de novo - porque eu tenho uma certeza inabalável que a gente ainda vai se ver. "Cedo ou tarde a gente vai se encontrar" Será que o fato de eu citar NX Zero toda hora faz de mim uma emo? Eu sei que você não se importa com rótulos, então ignore a pergunta. E eu deveria falar com você no pretérito ou no presente? Sua ausência física me incomoda, mas em algum canto você está - e sempre estará - vivo para mim.

Beijos da sua prima, que, infelizmente, não teve tempo de ter mais contato com você.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"Eu não sei mais pra onde ir / E no meu céu não tem mais estrelas"


Meus leitores dizem que é importante existir a dualidade no ser humano. Concordo plenamente com eles, e diria até que não só é importante como é essencial e inerente a nós. Caros, sei que ser feliz o tempo todo é impossível, e nem anseio atingir tal façanha. Mas o meu lado mais dark é uma espécie de exagero da tristeza. Como dizer isso sem alarmar vocês? Ahn, eu acho que o meu nível de tristeza quando a BB assume atinge níveis patológicos. Eu receio que esse meu lado tenha mesmo depressão.

Pode parecer totalmente paradoxal, mas o que me segura é a esperança. Aí talvez vocês pensem: "Ué, mas acho que uma deprimida não teria esperança em mais nada..." Poisé, eu tenho esperança, mas ao mesmo tempo não tenho. É complicado explicar, então deixa eu ir por partes: eu espero que um dia fique tudo bem, que eu pare de ter crises no ônibus, que eu consiga ficar sozinha numa boa. Eu espero que isso aconteça, mas não acredito muito que isso vá, de fato, acontecer... Momento karaokê: é como a música do NXZero, "Só rezo": "Eu só rezo pra ficar bem/ eu sei que vai , acredito que vai ficar tudo bem", ou como "Forever Young": "Hoping for the best, but expecting the worst". E aí eu tenho que escutar "Hold on", do Good Charlotte pra reunir forças e ficar relativamente bem (Para quem quiser ler a letra de "Hold on": http://minhasepifaniasalheias.blogspot.com/2010/11/this-world-this-world-is-cold-but-you.html)

Ao mesmo tempo que pretendo procurar ajuda, não sei como... Fico com um pé atrás de contar isso pra algumas pessoas (e é nessas horas que eu dou graças a Deus porque ninguém lê meu blog), morro de medo dos meus amigos pensarem que eu sou só uma pseudo emo tentando aparecer ou algo do gênero, não tenho dinheiro para pagar um psicólogo então, resumindo, eu não sei o que fazer!

Desculpem-me se assustei vocês. Mas o desabafo era necessário...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Scarlett O'Hara

Às vezes, quando a Baby Blue (meu heterônimo deprimido) decide vir à tona, a Ferds (meu heterônimo feliz) tenta se manter no lugar. O problema é que, apesar de querer que a Ferds domine o tempo todo, quando a BB assume eu tenho que fazer um esforço hercúleo para sentir vontade de fazer qualquer coisa – inclusive para querer que a Ferds volte.


Eu queria ser como a Scarlett O’Hara (Vivien Leigh) – se por acaso você não sabe quem ela é, é a personagem principal de “... E o vento levou” (se você não teve oportunidade ou paciência de ver o filme, eu sugiro que procure ver, pelo menos a nível cultural). Enfim. Tem uma cena, a mais marcante depois do beijo entre ela e o Rhett Butler (Clark Gable), em que Scarlett, que está sofrendo a perda na guerra civil americana, diz: “Deus é testemunha de que nunca mais passarei fome”. Com uma enxada na mão (ela tá trabalhando na lavoura de algodão) e um olhar firme, Scarlett está simplesmente demais e super inspiradora.

Ainda sobre “... E o vento Levou”, tem uma música do novo cd da Hole, o “Nobody’s Daughter”, chamada “Never go hungry again” que eu creio que tenha sido inspirada no filme: “And I don’t care what it takes, my friend / I will never go hungry, go hungry again / And I don’t care what I have to pretend / I will never go hungry, go hungry again”. Sempre que eu escuto essa música, me dá muita vontade de olhar decididamente dentro dos meus olhos no espelho e dizer: “Eu me recuso a ficar deprimida!!” – se bem que dá vontade de falar qualquer frase dessa forma: “Eu vou conseguir conquistar o Felipe Neto!” “Eu vou ser uma escritora que nem a Clarice Lispector!!” “Eu vou virar a noite estudando!” Sei lá, às vezes força de vontade não é suficiente para realizar as coisas... O maior exemplo que eu vejo disso é cozinhar. Quando minha mãe ainda tava na casa da minha avó, eu fui tentar fazer um arroz, que ficou a coisa mais feiosa que eu já vi na vida. Meu pai disse que eu tinha que ter “boa vontade” pra fazer a comida. Nesse caso, nem toda a boa vontade do mundo seria capaz de fazer com que meu arroz ficasse bom, já que eu não sabia como fazer o arroz. Eu posso ter boa vontade para sentar e decidir: não, agora eu vou aprender a fazer o melhor arroz da minha vida! Entenderam a diferença?

Tudo isso pra dizer que eu vou tentar dar uma de Scarlett quando a BB aparecer. Eu tenho que arranjar um modo de manter esse heterônimo afastado de mim...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Reasons to be beautiful

Desculpem-me pela falta de postagens, é a faculdade. Esse post deveria ir pro "Pensamentos Emprestados", mas decidi colocar aqui mesmo, porque é muito o que eu estou sentindo - Baby Blue está querendo assumir de novo... Enfim, essa é uma música da Hole (a banda da Courtney Love) chamada "Reasons to be beautiful". Enjoy it!

ps: eu fiz um novo blog, um conto. Depois falo mais sobre ele: www.pseudoviuvanegra.blogspot.com

Love hangs herself
With the bed sheets in her cell
Threw myself on the fires for you
Ten good reasons to stay alive
Oh ten good reasons that I can't find

Oh give me a reason to be beautiful
So sick in his body, so sick in his soul
Oh give me one reason to be beautiful
Oh and everything I am

Love hates you
I live my life in ruins for you
And for all your secrets kept
I squashed the blossom and the blossom's dead

Oh give me a reason to be beautiful
So sick in his body so sick in his soul
Oh and I will make myself so beautiful
Oh and everything I am

Miles and miles of perfect skin
I swear, I do, I fit right in
My love burns through everything
I can not pray

Miles and miles of perfect sin
I swear, I said, I fit right in
I fit right in your perfect skin
I can not pray

Hey baby, take it all the way down
Hey baby, taste me anyway
Oh you were born
So pretty oh summer babe
We'll never know
And fading like a rose....

Give me a reason to be beautiful
So sick in his body, so sick in his soul
I'll give you my body, just sell me your soul
Oh and everything I am will be bought and sold
Oh and everything I am will turn hard and cold

And they say in the end you'll get bitter just like them
And they steal you heart away
When the fire goes out you better learn to fake
It's better to rise than fade away

Hey, you were right
Named a star for your eyes
Did you freeze? Did you weep?
Turn to gold baby, sleep
Hey, honey mine
I was there all the time
And I weep at your feet
And it rains and rains

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A obra-prima e a piriguete

Nessa semana, eu estava analisando uma coisa que há muito tempo me intriga: algumas meninas que eu conheço não são tão bonitas, mas nunca estão solteiras – ou, mesmo se solteiras, sempre estão com algum peguete. Acho que vocês devem conhecer algum caso assim também. A menina tá do seu lado, você pode estar com a mesma roupa que ela, você pode ter um rosto mais bonito que o dela, um corpo mais bonito que o dela, mas sempre será ela que será cantada. E aí você pára e se pergunta: o que essas meninas têm que eu não tenho?

Conheço meninas lindíssimas que têm filas e mais filas de pretendentes correndo atrás delas. Mas tudo bem, elas são lindíssimas – e supersimpáticas, na maioria das vezes. Mas e as feias (eu estava tentando amenizar a coisa chamando de “meninas não tão bonitas”, mas tenho que se sincera: algumas são feias mesmo!) que estão na mesma situação? Detalhe: eu conheço feias antipáticas e metidas que têm pretendentes e mais pretendentes!

Então vamos às alternativas:

a) Elas são vagabundas :)

b) Elas têm dinheiro;

c) Elas, tal como uma obra de arte, têm uma aura (conceito de Walter Benjamin) ou um je ne sais quoi (como diria Balzac) que as envolvem e as transformam em modelos de comercial de absorvente/shampoo/perfume/sabonete, onde todos quebram o pescoço para olhar a tal modelo.

Os dois primeiros tópicos são auto-explicativos e geralmente essas meninas conseguem um tipo de homem que costumo chamar de “homem gafanhoto” (lembra do filme da Disney “Vida de Inseto”? Então, lembra a frase que as formigas costumavam repetir para si mesmas quando chegavam os gafanhotos para comer o que elas tinham juntado no verão todo? Não? Bem, é uma coisa meio vulgar, então não vou dizer explicitamente. Mas procure um amigo fanático por Disney – todo mundo tem um amigo meio fanático por Disney – e peça pra ele te lembrar a frase das formigas sobre os gafanhotos). O terceiro tipo de menina, no entanto, às vezes tem namorado e, mesmo assim, continua atraindo fãs por todos os lados!

O que é essa aura? O que é esse je ne sais quoi? Vamos às alternativas:

a) Autoestima (duvido, já que conheço pessoas super de bem com a autoestima e não são assim. A maioria das minhas melhores amigas tem uma autoestima no lugar e não têm uma legião de seguidores atrás delas. Até mesmo porque existe uma diferença entre autoestima, se aceitar como é e se achar a gostosa do pedaço – ainda mais se você NÃO for a gostosa do pedaço! Nesse caso, você geralmente é vista como uma criatura ridícula pela maioria das meninas e como gostosa pela maioria dos meninos. Ou o contrário, se você for a Betty Ditto);

b) Determinismo social - Sabe aquela coisa “Diga-me com quem andas e direi quem és”? É assim. Às vezes a menina é feia, mas anda com lindas populares. Automaticamente, passa a ser encarada como linda. E o oposto também acontece: a pessoa é linda, mas anda com “losers”. Ela passa a se encarada como loser/feia. É bem como a Tina Fey colocou tão perfeitamente no “Meninas Malvadas”. Cady Heron (Lindsay Lohan) chega da África, se entrosa com losers – e é vista como loser – e depois vai pro grupinho de Regina George (Rachel McAddams) e passa a ser vista como uma das mais gostosas da escola. Aiai, o ser humano é podre...

Eu não consigo ver outra coisa para explicar essa aura misteriosa que envolve essas piriguetes como uma obra de arte. Se vocês tiverem ideias sobre o que é esse invólucro, por favor, me avisem!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Convite para todos =D

Coisas esdrúxulas: a playlist do pedreiro

Eu tô na casa da minha avó porque meus pais foram pescar ): Tô conseguindo resistir ao meu PlayStation 2 e, como uma boa menina, estou lendo "Os Maias" há horas. Mas tive que fazer uma pausa para escrever isso.

Um dos banheiros daqui está em obra, e o Pedro, o pedreiro (parece coisa de Clarice Medeiros, mas isso não é invenção, apesar de ser extremamente irônico o pedreiro se chamar Pedro) está aqui desde cedo - ele e o seu celular/rádio potente. Ao contrário do que vocês possam imaginar, porém, não tá tocando Calypso, nem funk, nem axé ou pagode. Tá, tocou "Asa Branca", mas essa música é boa! Enfim. Veja a INCRÍVEL playslist do pedreiro:

* Love me do / I wanna hold your hand - Beatles
* I'll be there for you - Bon Jovi
* Is this love? - Whitesnake
* It's a heartache - Bonnie Tyler
* Immortality - Celine Dion e Bee Gees

As duas piores músicas que tocaram - "Se eu não te amasse tanto assim" (Ivete) e "I wanna know what love is" (na versão da Mariah Carey) - nem são músicas ruins!

Então, se vocês não quiserem sofrer com músicas de gosto duvidoso enquanto fazem obras em suas respectivas casas, me contatem rsrsrsrs