sexta-feira, 28 de maio de 2010

Crying

"One minute I held the key
Next the walls were closed on me
And I discovered that my castle stands
Upon pillars of salt and pillars of sand"
Viva la Vida - Coldplay

É triste quando você quer sair da fossa e seu pai, que não sabe da sua situação, escuta num volume altíssimo músicas como "Spending my time", de uma banda dos anos 80 chamada Roxette. A música é ótima, mas tem o fúnebre refrão: "I'm spending my time/ Watching the days go by/ Feeling so small/ I'm staring at the wall/ Hoping that you/ are missing me too". Aiai. Deprimente.

Ontem vi um vídeo de um comediante (estadunidense, eu acho) chamado Dane Cook. Vi o trecho de seu show no qual ele fala sobre o ato de chorar. Aquela coisa libertadora que você passa o dia inteiro segurando, às vezes até uma semana inteira. Você só quer que seu dia termine logo pra chegar em casa, torcendo que ninguém esteja lá, e se atirar no sofá, desfigurando seu lindo rosto. Você começa a repetir uma frase incessantemente (no vídeo ele dá o exemplo do "I did my best"). Não se contentando com o seu estado deplorável, você se levanta e vai no espelho, pra VER o seu estado deplorável e sentir mais pena de si mesmo. Aí alguém te liga e fala pra você o que você estava repetindo sem parar - "Dude, you did your best today!". Aí você chora mais. E lembre-se: evite chorar na frente dos seus pais. Sua mãe vai te dizer alguma coisa que vai fazer você chorar ainda mais copiosamente e seu pai vai fazer você se sentir um total idiota por estar chorando.

Ainda não liberei minhas lágrimas. Me recusei até agora. E talvez eu continue recusando. Chorar é muito bom porque alivia. Mas acho que engolir o choro te deixa mais forte.  Eu cansei de chorar por tudo. Cansei também de ser boazinha. Não que eu vá virar uma mal-educada ou uma total FDP com os meus amigos. Mas cansei de esticar o braço para ajudar e as pessoas me puxarem para a lama na qual elas estão. Tô cansada de as pessoas chutarem as minhas costelas, mesmo vendo que eu tô caída e destruída. São poucos os que tentam me reerguer, e, para com eles, vou ser melhor do que jamais fui. Mas, se for apunhalada por alguém que me abraça, ah... Não tente fazer isso comigo. Aí vai ser tarde e a única coisa que eu vou poder dizer é "I don't feel any shame, I won't apologize" ("Jesus of Suburbia" - Green Day).

Os vídeos do Dane Cook:

http://www.youtube.com/watch?v=2-oEZF4F680

http://www.youtube.com/watch?v=jfIObFm7Yik&feature=related

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Roller coaster

Eu não faço ideia do que vou escrever. Eu tô com tempo vago na faculdade e simplesmente não quero ficar sentada sozinha num banquinho com abelhas me rodeando, enquando eu penso na vida e seguro o choro. O choro nem é tão frequente quanto se esperaria de uma pessoa na minha situação.

Algumas coisas eu não deveria ver. Eu não QUERO ver. Mas o ser humano tem um apetite pela destruição (nesse caso, auto-destruição) e, mesmo que aquela cena seja tão dolorosa quanto uma facada no meu coração, não consigo desviar os olhos. Não sei se é porque ainda não consigo acreditar que é verdade. Que, como diria Courtney Love, "it's all over now, baby blue". Mas é. E o que eu vou fazer? Eu quero abacaxi mas não posso mais tê-lo. Posso partir numa busca para encontrar uma lichia ou uma melancia. Ou cerejas em calda. Pode demorar ou não até eu encontrar. E O QUE EU VOU FAZER ATÉ LÁ? Poderia me concentrar mais nos estudos. Não, na verdade não posso não. Não consigo me concentrar em nada, pelo menos agora. Minha mente entrou numa montanha russa e não sai!! Agora eu tô mal e provavelmente lá pelas 17h eu vou estar feliz, conversando e rindo com a Isabella num ônibus lotado. Mas até lá...

Eu sei que daqui a um tempo eu vou estar bem, feliz, sorridente, vou ter superado e vou poder cantar, sinceramente, "Get Over It", da Avril Lavigne (se vocês não conhecem essa música, corram! É a melhor dela, na minha opinião). Mas agora só consigo cantar "Alice" e "Hot'n'Cold". E é triste perceber que todas as letras de pagode/sertanejo se encaixam direitnho no que você tá sentindo. Triste mesmo!! Mas fiquem tranquilos: eu não vou postar nenhuma letra aqui no blog do tipo "Não aprendi a dizer adeus" ou "Não vou chorar/ nem vou me arrepender/ foi eterno enquanto durou/ foi sincero o nosso amor/ mas chegou aou fiiiiim". Não, eu não vou fazer isso.

Assim como não vou xingar ninguém publicamente. Tenho vontade? DEMAAAAIS!! Mas eu não vou fazer isso. Tenho classe (e medo que me batam).

Eu tô meio perdida e meio encontrada. Uma hora eu tô feliz, querendo que todo mundo fique feliz; no momento seguinte, eu tô com um ódio flamejante dentro de mim e quero que todo mundo exploda, menos umas, sei lá, 10 pessoas (Carols, Bella, Line, minha mãe, uns professores, o Osmar Prado - gente eu conheci ele ontem, ele é MUITO ENGRAÇADO!!! - e... acho que é isso).

Eu só tenho vontade de que tudo passe logo. Eu tô reagindo bem a tudo isso - bem demais, até. Ódio, saudade, tristeza, vontade de superar, de chorar e de ficar de moletom vendo filmes da Audrey Hepburn no dvd... isso tudo é normal. Uma hora eu SEI que eu vou ficar bem. Já passei por isso antes e tô aqui inteira. Talvez isso seja um mal que veio para o bem: foi bom pra eu ter umas epifanias loucas às 2h30 da manhã, enquanto levanto para ir ao banheiro - sim isso realmente aconteceu -, foi bom pra eu me dar mais valor, foi bom porque aprendi algumas coisas. Por exemplo:

* Não confie (tanto) nas pessoas. Não acredite (tanto) nelas. Porque até pode ser verdade naquela hora. Mas depois não vai ser mais e você vai ficar gritando: "You filthy rotten hound!! You lied to me!!". E isso NÃO é legal...

* Siga sua intuição. Se você sente que tem algo errado, deve ter. Se você sente que não deve falar algo, não fale.

* Não tente relevar defeitos. Defeitos podem e devem ser mudados.

* NUNCA, JAMAIS, DE JEITO NENHUM, valorize alguém mais do que a si próprio. Você vive a SUA vida. Em teoria, você deveria ser o protagonista dela. Não aja como um coadjuvante.

*Não faça planos com seu namorado(a). Isso é o que mais dói. Se ele diz que vai se casar com você, só acredite quando ele ajoelhar e pedir a sua mão. Se você acha que ainda é meio arriscado, acredite nas bodas de prata.

Bem, eu acho que é isso. A cada dia, um passo pra frente. Em algum momento, eu vou dar alguns pra trás. Mas meu foco é meu futuro, não meu passado. Aproveitando isso e parafraseando a banda Queen: Can anybody find me somebody to love? Estou lançando a campanha "Ju+1" - Ju plus one - e quem quiser me ajudar, me avise rsrsrsrs

Quando eu comecei esse texto, queria chorar. Agora tô bem - ou melhor do que estava, pelo menos. Daqui a pouco talvez eu volte a querer chorar. Mas... c'est la vie. Uma hora eu desço da montanha russa.

domingo, 23 de maio de 2010

Na Sua Estante - Pitty

"Te vejo errando e isso não é pecado
exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando, e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar
Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar ao menos mande notícias
Cê acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar
Tô aproveitando cada segundo antes que isso aqui vire uma tragédia

E não adianta nem me procurar em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo, só você não viu

Você tá sempre indo e vindo, tudo bem
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione
Eu estarei de pé
De queixo erguido
Depois você me vê vermelha e acha graça
Mas eu não ficaria bem na sua estante
Tô aproveitando cada segundo antes que isso aqui vire uma tragédia

E não adianta nem me procurar em outros timbres, outros risos

Eu estava aqui o tempo todo, só você não viu

Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se curam
E essa abstinência uma hora vai passar"

Por hora, é tudo o que tenho a dizer...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Precisando de epifanias e malandragem...

"Quem sabe eu ainda sou uma garotinha
Espernado o ônibus da escola
Sozinha
Calçada com minhas meias 3/4
Rezando baixo pelos cantos
Por ser uma menina má
[...] Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade"
"Malandragem" - Cássia Eller

Lendo um texto sobre análise dos contos de fada, vi que a história só alcança um sentido pleno para a criança quando é ela quem descobre espontânea e intuitivamente os significados previamente ocultos. Esta descoberta transforma algo recebido em algo que ela cria parcialmente para si mesma. Ou seja, não adianta você dizer para seu filho ou irmão mais novo qual é a moral de "Chapeuzinho Vermelho", por exemplo. Deixe que ele descubra e assimile aquela moral. É como a História: não faz sentido impor uma ideologia, o povo tem que assimilar por conta própria ou a revolução não dá certo.

E por que eu estou falando isso? Porque a minha vida é assim (não sei se a de vocês é). Às vezes eu sei que estou fazendo algo que não está fazendo bem pra mim e escuto vários amigos me dizendo para eu não fazer mais aquilo. Mas enquanto eu não perceber por mim mesma, enquanto eu não tiver uma epifania gigantesca, eu não vou deixar aquilo pra lá, não importa o quanto meus amigos tenham me dito aquilo antes.

Logo, não é fácil para mim abandonar o Lobo Mau. Se não houvesse algo em mim que o aprecia, ele não teria poder sobre mim. Ele vai me devorar, mas me sinto atraída como se ele fosse um ímã gigante. Eu tenho que me desvencilhar dele porque quero, não porque tenho que - senão, me afastar vai ser tão ou mais doloroso que ser engolida viva. E quando meu ímã oscila entre ser o Lobo Mau e o Gato de Botas (do "Shrek"), tudo fica muito mais difícil.

Eu sou extremamente ingênua. E, por mais atraente que seja a ingenuidade, é perigoso permanecer ingênua toda a vida. Quando todas as minhas opções parecem perigosas, o que eu faço? Se vocês souberem a resposta ou tiverem uma ideia, respondam-me!!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Garota Vodu

"Sua pele é de um claro tecido,
Todo costurado e refeito.
Muitos alfinetes coloridos
Despontam-lhe à altura do peito.

Olhos que giram como discos,
Ela possui dois belos pares.
Olhos de poderes hipnóticos:
Olhos de apaixonar os rapazes.

 Rapazes que coloca em transe,
Como verdadeiros zumbis.
É o caso de um zumbi francês
Que depois só dizia: "Oui, oui".

Mas também tem uma sina
Que jamais pode ser quebrada:
Se alguém dela se aproxima
Seu coração sente as espetadas."

Esse poema é do Tim Burton (siiiim, o diretor de "Alice" também escreve poemas!!) e está no livro "O triste fim do pequeno menino ostra". E aproveitando o tema Tim Burton...

Vi ontem pela 2a vez "Alice" e tenho que confessar que gostei mais do que da 1a vez que vi. Talvez seja porque acabei de ler os dois livros dela ("No País das Maravilhas" e "Através do Espelho") no domingo e consegui entender mais coisas. É bem difícil situar TweedleeDee e TweedleeDum, a Rainha Branca e Jabberwocky sem conhecer "Através do espelho" (e se alguém souber onde fica o Bandersnatch nos livros, por favor, me avisa!!!).

Enfim, não quero fazer uma análise do filme aqui - já vou ter que fazer isso amanhã na aula de Formação do Leitor. Quero apenas deixar umas coisas interessantes que aprendi com o filme:

* Absolem falando para Alice: "Lágrimas nunca resolveram nada."

* Alice, ao ver Jabberwocky, exclama: "É impossível", achando que não ia conseguir vencer a criatura. O Chapeleiro então responde: "Só é impossível se você acreditar que é".

* Alice tem vários amigos. Mas tem que enfrentar o Jabberwocky sozinha - assim como nós ao enfrentarmos nossos problemas.

* Alice para a mãe de Hamish: "Às vezes eu consigo pensar em seis coisas impossíveis antes do café da manhã!". Pensando nisso, tentei imaginar 6 coisas absurdas do nosso mundo, mas que são realidade.
  1 - Como, ao discar 8 algarismos num aparelhinho que cabe no seu bolso, você pode falar com qualquer pessoa do mundo? Pra mim isso é uma impossibilidade que virou realidade!
  2 - Como seres tão diferentes, como chiuauas, dobermans e pugs fazem parte de uma mesma espécie? É impossível! Um dálmata parece mais uma vaca que um poodle!!
  3 - Como seres nojentinhos como lagartas viram lindas borboletas depois? Im-pos-sí-vel!
  4 - É impossível na minha cabeça que pessoas consigam fazer sucesso cantando músicas com uma palavra só - tais como "Rebolation" e "Créu".
  5 - A DERCY MORREU!!!!

E, por último, o que parece impossível agora mas eu não acredito (mais) que seja:
 
  6 - Eu posso ser feliz!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Eu não acredito em emos!

Primeiramente, quero deixar bem claro: não tenho nada contra os emos! Só quero fazer uma pequena reflexão sobre eles.

Na semana passada assisti uma aula sobre ficção científica dada pelo professor Anderson Gomes (ele tem um blog óteemo, o http://www.rosebudeotreno.com/), que disse que a diferença entre ficção científica e fantasia é que esta não precisa ser explicada cientificamente. O Hobbit, por exemplo, não é fruto de uma mutação genética ou algo do gênero. Ele simplesmente é! Sua existência se explica num determinado contexto. Assim como os emos. Para mim eles são criaturas fantásticas que existem e explicam num determinado contexto (no caso, a nossa sociedade, que os criou).

Como essa discussão toda sobre a existência dos emos começou?

Conversando com a Isabella num ônibus lotado - aliás, esse é um ótimo lugar para ter reflexões profundas, pois você geralmente não pode fazer muita coisa além de se ensimesmar - lembrei de uma frase que li em algum lugar: "Nada dura para sempre; nem as maiores alegrias nem as tristezas mais profundas". Comentei isso com a Isabella e ela disse: "É verdade! Não existem pessoas tristes o temppo todo. É impossível! Eu não acredito nos emos." Começamos a rir e ela repetiu: "Eu não acredito em emos!" E isso virou nossa piada interna.

Gente, isso não é um preconceito não, tá? É só uma constatação: ninguém é triste o tempo todo. É aquela velha oposição bem/mal, positivo/negativo, tristeza/felicidade. Nada é 100% uma coisa ou 100% outra. O Bush tem algo bom (não me pergunte o quê, mas sei que ele tem!) e o Chaplin tinha coisas ruins. Assim como a PollyAnna - personagem do livro homônimo de Eleanor H. Porter - sofre e o emo tem momentos de alegria. A diferença é o modo como cada um enfrenta seu sofrimento ou sua alegria.

Vi um filme há uns 2,3 anos atrás chamado "Ensina-me a viver". Ele mostra exatamente essa questão de como lidar com a vida. Harold é um cara de 20 anos que passa sua vida fingindo vários suicídios e passeando por cemitérios. Já Maude é uma velhinha de 79 anos que ama a vida e faz o que dá na telha. Ela tem mais vida que ele! E, realmente, ela o ensina a viver.

Acabei de lembrar também do "Tudo acontece em Elizabethtown", com o Orlando Bloom e a Kirsten Dunst. Ele é uma cara que deu um prejuízo de quase US$ 1 bilhão para a empresa que trabalha e e decide se matar. Mas quando vai se suicidar, recebe um telefonema da sua irmã, que diz que seu pai acabara de morrer. Então ele viaja para a cidade onde vai acontecer o funeral (Elizabethtown) e acaba conhecendo no avião a aeromoça Claire (Kirsten Dunst), que, adivinha?, muda a sua vida.

Eu acredito que existam pessoas complicadas, que ficam triste com frequência (e eu sou um ímã para essas pessoas rsrsrsrs). Mas eu não acredito em emos!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Quando estiver no fundo do poço...

A maioria de vocês, meus leitores, sabe que eu estive na fossa há pouco tempo. Não estou mais, estou feliz, contente e saltitante. Mas acabei tendo algumas reflexões sobre um lugar que eu conheci e que talvez vocês já tenham conhecido ou venham a conhecer: o fundo do poço.
Não é um lugar agradável. Quando ali nos encontramos, parece que não há mais saída. Que a gente vai ficar ali pra sempre e nada vai nos tirar de lá. Mas eu descobri que sempre - ou em 99,9% dos casos - há uma escada ali, mesmo que não consigamos vê-la no início.
Temos que subir essa escada devagar, degrau por degrau, sem pressa de querer sair logo dali. Até mesmo porque a escada provavelmente será bem frágil no início. O estado da escada corresponde ao estado da nossa alma. Logo, no início, a escada provavelmente estará em frangalhos. E talvez você caia e, de novo, chegue ao fundo do poço. Mas nunca desanime. Volte a subir. Algum dia, você notará que a escada de corda se transformou numa escada de madeira e, depois, você verá ela se transformando numa escada de alumínio.
Até que, num belo dia, você vai chegar lá em cima. Vai sair do poço. Vai olhar lá pra baixo e ficar admirado com a profundidade do poço. Vai pensar consigo mesmo: "Caraca! Eu passei por tudo isso... Eu sou demais!!!" E essa constatação é uma das melhores que tem.
Aí você me pergunta: "É óbvio que esse texto é metafórico, Ju. O quê/quem é a escada?". Simples: seus amigos, sua autoestima, sua capacidade de se manter ocupado - porque, numa situação dessas, você PRECISA se distrair - e, extremamente importante, um pote de Haagen Dazs!

beijosss
Ju

domingo, 2 de maio de 2010

Pessoa esdrúxula

Esse texto era para ser o primeiro do meu blog. Mas, graças a incompatibilidades do Word, só estou conseguindo postá-lo agora.

"Não foi à toa que dei o nome desse blog de "Pessoa Esdrúxula". Primeiramente, para quem não sabe o significado de "esdrúxulo", segundo o dicionário Luft, é algo extravagante, esquisito, excêntrico (semanticamente). Do ponto de vista gramatical, é um adjetivo/substantivo proparoxítono abolido pela Nomenclatura Gramatical Brasileira. Ou seja, estou usando uma palavra que, oficialmente, acho que nem existe mais. Só isso já prova o quanto eu sou esdrúxula.

Para complementar a explicação do uso desse vocábulo, vou exemplificar em tópicos a minha estranheza:

* Odeio "O Pequeno Príncipe";
* Não reconheço a genialidade dos Beatles;
* Acho a voz da Beyoncé irritante;
* Não consigo gostar do Muse;
* Minha princesa preferida é a Bela Adormecida (geralmente as pessoas ODEIAM essa personagem);
* Odeio a Bela, do "A Bela e a Fera";
* Ao invés de gastar meu dinheiro com roupas/sapatos/tecnologia, como todo adolescente normal, gasto todo o meu dinheiro em livros;
* Minha cantora preferida é a Courtney Love (sim, a viúva do Kurt Cobain canta);
* Odeio funk;
* Gosto das músicas conhecidas da Banda Djavú;
* Odeio filmes de ação, dublados e comédias idiotas - tipo "American Pie";
* Meu filme favorito (no momento) é "Monstros Vs. Alienígenas" - não, você nunca deve ter ouvido falar. Mas vale MUITO a pena ver essa animação dublada pelo Hugh Laurie, o Dr. House;
* Não consigo ver "Friends";
* Odeio frutos do mar;
* Odeio Educação Física;
* Como pulei o Jardim 2, não sei recortar direito até hoje;
* Odeio "O Senhor dos Anéis";
* Não gosto do José de Alencar (o autor de "Iracema", não o vice-presidente do Brasil). Tá, aí você vira e fala: "Mas eu também não gosto dele!". É, mas, provavelmente, você não faz faculdade de Letras como eu;
* Meus cachorros preferidos não são poodles, yorkshires nem labradores (aliás, não vejo graça nessa raça). Amo pugs e buldogues, principalmente os franceses;
* Odeio novelas;
* Não consigo gostar de MPB. Não entendo o culto a alguns cantores que fazem letras sem pé nem cabeça. Depois de fevereiro de 22 (Semana de Arte Moderna), tudo é arte. E eu não consigo aceitar isso!
* Não gosto de filmes de super-heróis;
* Me divirto mais conversando com os meus amigos que rebolando até o chão numa festa. Até mesmo porque eu não sei rebolar;
* AMO brechós;
* Tenho 1,72m, 42 kg e não sou anoréxica - pelo contrário, quero desesperadamente engordar;

E o mais estranho, eu acho:

* Só assisti "A Lagoa Azul" aos 15 anos.

Talvez você esteja estupefato(a) na frente do seu computador. Ou não. Porque todos nós temos estranhezas, peculiaridades e características únicas que fazem com que nós sejamos quem somos. Talvez você tenha se identificado com alguma coisa, ou pensado em alguma característica sua que seja mais esquisita que todas as minhas juntas - não gostar de chocolate para mim é uma esquisitice suprema...

Vou encerrando o post por aqui, dizendo que vocês são muito bem-vindos e que adoraria receber comentários - exceto se você for me xingar por minhas peculiaridades. Escreverei sempre que puder e peço que, se gostarem, divulguem o endereço para seus amigos.

xoxo

Ju